Olá leitores, a nossa próxima temporada de posts pode se estender por algumas semanas, mas é uma viagem muito bacana e cheia de dicas legais. Espero que vocês nos acompanhem e gostem!
A Nossa jornada pela lendária Highway 1 ou Califórnia State Route 1, começou com quatro dias incríveis em São Francisco, uma cidade encantadora, cheia de vida e com muito para explorar. Se você está planejando esse trajeto, vale a dica: comece por São Francisco e finalize em uma cidade com um hotel mais completo, como Las Vegas, por exemplo — isso evita frustrações e fecha a viagem com chave de ouro.
Dica de ouro: viajando nesse sentido (São Francisco → Los Angeles), o litoral ficará à sua direita, rendendo fotos maravilhosas da costa californiana.
Passamos quatro dias em São Francisco, uma cidade encantadora, vibrante e cheia de personalidade. Estávamos no final de março e ainda fazia um friozinho gostoso — nada que nos impedisse de caminhar bastante pela cidade. Nos hospedamos no Whitcomb Hotel, na Market Street, uma localização excelente, com fácil acesso a farmácias, transporte público e apenas 10 minutos de caminhada até a Union Square. Um detalhe curioso: ao explorar a região a pé, acabamos cruzando com muitos moradores em situação de rua, que fazem parte do cenário urbano da cidade. Apesar do que possa parecer, muitos deles foram simpáticos e até bem-humorados, o que nos surpreendeu positivamente.
O mais turístico de todos os passeios é perambular pela Fisherman’s Wharf. Pegue o bondinho quase em frente ao hotel e pare lá. Ande bastante, tire fotos e aprecie a vista de Alcatraz, antigo presídio que encarcerou famosos como Al Capone, que, por sinal, precisa ter a visita discutida. Custa US$ 40 mais ou menos e, para mim, a única coisa legal é a vista da cidade. Caso o dia esteja nublado, perdeu seu dinheiro!! Eu achei a energia do local pesada (e não é por menos!), colocamos um fone de ouvido e vamos passando de cela em cela com histórias dos criminosos que ficaram presos e suas tentativas de fuga.
A história do local é interessante e você pode pensar, como eu, que já assistiu muitos filmes filmados ali e insiste na visita... Arrependimento na certa!!! Se você resolver visitar, me conte o que achou.
Ainda na região do Fisherman’s Wharf, você pode almoçar no Hard Rock Café, que mantém o padrão de qualidade encontrado em outras unidades pelo mundo — com boa comida, atendimento atencioso e uma trilha sonora impecável. Para uma experiência mais local, recomendo os tradicionais ALIOTO'S e SCOMA'S, ambos especialistas em frutos do mar. Não deixe de provar o caranguejo cozido no vapor ou o famoso Clam Chowder servido dentro de um pão italiano. E para uma refeição mais sofisticada, o restaurante GARY DANKO é uma das sensações de São Francisco, com um cardápio contemporâneo que agrada aos paladares mais exigentes.
Ali perto você pode conhecer o Aquário, o Museu de Cera e ainda comprar umas besteirinhas de lembrança.
Para chegar à Lombard Street saindo do Fisherman’s Wharf, uma opção divertida é pegar uma bicicleta-táxi (rickshaw), que tem custo mediano. Ela comporta até três pessoas — com certo aperto, mas de forma confortável e agradável. O ciclista te deixa bem aos pés da rua mais sinuosa do mundo, famosa por suas dez curvas acentuadas em formato de cotovelo. A partir dali, é hora de ativar o fôlego: são vários degraus até o topo, mas a vista compensa. É impossível não se perguntar quem teve a ideia de construir uma rua assim — e dar boas risadas no caminho!
Depois, pegue o cable car para voltar ao centro. Custa uns US$ 7 e tente sentar na parte externa. Dependendo da época do ano, o frio corta!
Chegando ao ponto final do bondinho, se ainda tiver energia, vale a pena seguir até a Union Square — uma praça charmosa cercada por lojas e atrações imperdíveis. Recomendo dedicar pelo menos meio dia para explorar a região, especialmente se você gosta de fazer compras. Lá você encontrará marcas como GAP, Macy’s, Zara, Nike, Tiffany & Co., Neiman Marcus, Louis Vuitton, Swarovski, Chloé, Saks, H&M, Sephora, Apple, entre muitas outras. Para uma pausa estratégica, aproveite os restaurantes Burger Bar e Cheesecake Factory, ambos localizados no alto da Macy’s, com uma vista incrível da cidade. Dica importante: chegue cedo ou faça reserva para garantir seu lugar com vista!
O passeio pela Golden Gate Bridge pode — e deve — ser feito de bicicleta! Na minha opinião, é uma opção bem mais interessante do que o famoso ônibus turístico vermelho. Fizemos esse passeio saindo da Union Square, e apesar de ele passar por diversos pontos da cidade, quando chegou à ponte, tivemos menos de 15 minutos para curtir o lugar. Mal deu tempo de tirar fotos! Por isso, recomendo alugar uma bike e explorar a região com calma. A vista é espetacular, o percurso é agradável e, claro, exige um pouco de preparo físico — mas se você tiver pique, vale cada pedalada!
No mesmo passeio pela Golden Gate Bridge, você pode seguir até Sausalito — uma pequena e charmosa cidade do outro lado da baía, perfeita para um almoço com vista e um clima relaxado. Outra opção incrível é fazer o caminho inverso: pegar a balsa que sai do píer no Embarcadero, chegar a Sausalito e, depois, retornar a pé atravessando a Golden Gate e passando por Crissy Field, de onde se tem uma das melhores vistas da cidade de São Francisco.
Aproveitando a região, a pouco mais de 20 km da ponte está o maravilhoso Parque Nacional Muir Woods, famoso por suas sequoias gigantes e trilhas em meio à natureza. O ideal é almoçar em Sausalito e seguir até o parque, que não é tão extenso e oferece trilhas bem sinalizadas de até 10 km — perfeitas para todos os níveis de preparo físico.
Se você gosta de explorar lugares autênticos e cheios de história, não deixe de caminhar pelo bairro do Castro — conhecido como um dos primeiros e mais emblemáticos bairros LGBTQIA+ do mundo. O ambiente é vibrante, acolhedor e repleto de personalidade. E não deixe de visitar o belíssimo Teatro Castro, uma verdadeira joia arquitetônica que combina elementos do Art Déco com influências mouriscas. Um passeio cultural e inspirador que mostra o lado mais humano e diverso de São Francisco.
Durante o passeio de ônibus, passamos por Chinatown, mas infelizmente não conseguimos descer. Faltou tempo no roteiro! Ainda assim, deu para perceber o quanto a região é vibrante e cheia de vida. Com certeza vale a pena explorar a pé em uma próxima visita — pelas lojas típicas, templos, mercadinhos e, claro, pela culinária autêntica que atrai tantos visitantes.
Se ainda sobrar tempo, inclua o museu SF MOMA, a Opera, o Davis Symphony Hall, o Asian Art Museum, Civic Center, Exploratorium, instalado no Palácio de Belas Artes e o Conservatório de Flores, localizado no Golden Gate Park, lindíssimo, e que, por sinal, nos perdemos, procurando a ponte.
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