Buenos Aires continua entre os destinos preferidos dos brasileiros que desejam fazer sua primeira viagem internacional. Um dos principais atrativos é a curta duração do voo — pouco mais de 2 horas a partir de São Paulo ou do Rio de Janeiro. Os preços também ajudam: muitas vezes, voar para a capital argentina sai mais barato do que para alguns destinos no Nordeste, e os custos com alimentação, hospedagem e passeios são bastante acessíveis.
Mas o encanto de Buenos Aires vai muito além da praticidade. A cidade oferece uma combinação única de charme europeu, boa gastronomia, horas de conversa sem pressa, excelentes oportunidades de compras e uma agenda cultural vibrante.
Apesar de estar, atualmente, um pouco desgastada pelos conflitos políticos, a alma portenha continua viva e apaixonante — e ainda vale muito a visita.
Explorar Buenos Aires a pé é uma delícia! A cidade é plana, bem planejada e tem uma malha urbana lógica: literalmente, uma rua vai e a outra volta. Isso torna a leitura dos mapas muito mais fácil e a locomoção bastante intuitiva.
Outra forma prática e econômica de circular é alugar uma "magrela" — as famosas bicicletas, que explico melhor logo abaixo. E se bater aquela preguiça, o táxi também é uma opção acessível.
⚠️ Atenção: os taxistas locais são conhecidos por serem um pouco "espertos demais", e golpes com notas falsas não são raros. Por isso, prefira pagar com dinheiro trocado e, sempre que possível, utilize os Radio Táxis ou opte pelo metrô, que é eficiente e barato.
Onde se hospedar em Buenos Aires?
Minhas recomendações são o Centro, a Recoleta e o Palermo — três regiões bastante procuradas por viajantes. Já me hospedei nas três e, apesar de ter ficado no Centro recentemente e ter sido viável, confesso que não foi a melhor experiência da vida. A região pode ser um pouco mais caótica e menos charmosa, especialmente à noite. Se puder escolher, Recoleta e Palermo oferecem uma atmosfera mais agradável, segura e acolhedora para curtir a cidade com mais tranquilidade.
Algumas indicações de hotéis:
O centro é um bairro popular, com várias opções de restaurantes e facilidade de deslocamento: Novotel, Eurobuilding, 725 Continental, NH Florida, Palladio Hotel Buenos Aires - MGallery.
A Recoleta é um bairro mais mais policiado e organizado, cheio de opções fáceis de passeio e restaurantes: Cyan Recoleta, Mio Buenos Aires Hotel Boutique, Palacio Duhau - Park Hyatt Buenos Aires, Alvear Palace.
Palermo é o maior bairro da cidade e tem "subdivisões" como Palermo Soho, Palermo Hollywood e Palermo Viejo. É bastante eclético, recheado de atrações para todos os gostos: áreas verdes, centros de compra, feiras, museus, bons restaurantes... Eu nunca indico ficar neste bairro, mas um passeio por lá é muito bem-vindo. Há vários atrativos.
Puerto Madero é lindo e chique. A indicação é o Hotel Faena.
O que fazer em Buenos Aires?
Vixe… tem muita coisa!
Mas já adianto: não perca tempo com aqueles city tours engessados incluídos nos pacotes tradicionais. Eu, inclusive, nunca incluo esse tipo de passeio para meus clientes. Prefiro montar roteiros personalizados, que são muito mais interessantes, flexíveis e aproveitam melhor o tempo.
Buenos Aires é uma cidade que merece ser explorada com calma e no seu ritmo. Se você estiver hospedado na Recoleta, pode começar por ali mesmo — e já tem ótimos programas por perto.
Um deles é o Cemitério da Recoleta, que divide opiniões, mas que eu, particularmente, adorei. Para mim, é uma verdadeira obra de arte a céu aberto.
Alguns túmulos e mausoléus são impressionantes pela grandiosidade e detalhes arquitetônicos; outros, chamam atenção pelo abandono e pelos caixões à mostra. Um detalhe curioso (e fofo, se você gosta de gatos): há muitos por lá, praticamente os “moradores oficiais” do lugar.
Ali pertinho está outro ponto imperdível: o Museu Evita, que oferece um panorama tocante e inspirador sobre a vida de Eva Perón. A visita é rápida, bem montada e cheia de significado — especialmente para quem gosta de história e cultura argentina.
De lá, pode seguir para o Puerto Madero, que é bem grande e cheio de restaurantes caros, além da Puente de la Mujer, que é um belo monumento. Assistir o pôr do sol de algum restaurante, jantar e depois bater perna é uma ótima pedida. Mesmo caro, acho que vale a pena!! Indico o Cabaña Las Lilas, para quem gosta de uma boa carne argentina. Eu sentei na aérea externa do restaurante e vi a partida do sol ali mesmo. Foi show!! Comida cara!!! O Caballeriza é outro de comida argentina. Além dele, o Sotto Você é um típico italiano gostosinho.
Se for passar um domingo inteiro na cidade, achei a ideia de conhecer a feira de San Telmo o máximo. Peça ao taxi para te deixar na Calle Defensa, que é onde acontece a feira e podemos comprar de tudo. Tudo mesmo!!! Desde antiguidades a qualquer outra coisa que possa ser trocada por alguma quantidade de dinheiro. Ao longo da feira encontramos orquestra de tango e milongas. É um programa típico, bagunçado, mas encantador!! A feira começa por volta das 11h, mas eu cheguei antes e já tinha a maior galera passeando por entre as barraquinhas. O restaurante que indico na região é o La Brigada.
Ainda em San Telmo — um dos bairros mais charmosos e autênticos de Buenos Aires —, tenho uma dica especial: a livraria Wussman, localizada na Calle Perú com a Venezuela. Um lugar encantador para quem gosta de livros e de ambientes acolhedores.
Para explorar a região e outros pontos da cidade de forma leve e divertida, uma ótima pedida é alugar as bicicletas “naranjas”, as famosas bikes laranjas da cidade. Minha sugestão é fazer esse passeio no final de semana, quando o trânsito está mais tranquilo — durante a semana, ele pode ser bem caótico.
A loja de aluguel fica na rua Estados Unidos, quase esquina com a Paseo Colón. O atendimento é ótimo, e eles oferecem sugestões de rotas para você seguir, o que torna o passeio ainda mais prazeroso e seguro.
Uma rota que adorei começa por Puerto Madero, segue até a Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires e faz uma parada no parque onde está a Floralis Genérica — uma escultura metálica imensa em forma de flor, que abre e fecha de acordo com a luz do sol. O cenário é perfeito para uma foto especial!
A volta pode ser feita pelas ruas tranquilas da Recoleta, fechando o passeio com estilo.
💡 Duração média: cerca de 2 horas.
Em Palermo Soho aproveite para passear pelas ruas descoladas. Fazer um stop na Plazita Armênia e entrar em um dos barzinhos para tomar uma taça de vinho é super indicado. Encontramos as marcas mais descoladas, além de umas lojas enormes só com gente nova.
Em La Boca, um bairro turístico bacana e bem típico é importante não distanciar das ruas principais, pois existe um risco grande de assalto. Ali está o estádio do Boca, a Bombonera. Eu que nem sou tão aí pra futebol, fui, e acho que todo mundo tem que ir... O Caminito tem que ser visto.
Passeando pelo centro da cidade, as nossas paradas obrigatórias são a Casa Rosada e a Plaza de Mayo, e não sei se será provável que encontre o presidente trabalhando um pouco, como era na época da “presidenta”, que adorava aparecer.
Andar pela Calle Florida é quase igual andar pela 25 de março, em São Paulo. Foi uma das maiores frustrações da minha viagem, porque todos falavam: “haa, você precisa ir a Rua Florida.” Eu fui e pensei: é só isso mesmo??? É bom tomar cuidado com a “mão leve” dos argentinos que ficam esperando um momento de distração do turista. Não tem nada interessante na rua, tirando a Falabela, uma loja “multi-coisas” e a Galeria Pacífico, que é linda!!!
Se você é baladeiro, "El Museu", que fica em San Telmo, é organizada. Muito diferente das que temos no Brasil. Tem um lugar na Callao com a Córdoba, que é uma antiga livraria, chamada “Clássica e Moderna”, tombada pelo patrimônio da cidade, que é um restaurante com música ao vivo. O lugar é bacana, mas é mais caro que a média. Mesmo assim, pode colocar na sua lista.
💡 Dica importante para quem adora fazer compras em Buenos Aires:
Fique atento às lojas com o adesivo “Tax Free” na vitrine — ele indica que você pode receber de volta o valor dos impostos pagos, já que somos estrangeiros.
É bem simples:
No momento da compra, apresente seu RG ou passaporte.
A loja vai emitir um recibo especial do Tax Free.
Quando estiver no aeroporto, procure o balcão de Tax Free. Lá, o valor pode ser reembolsado diretamente no seu cartão de crédito ou em dinheiro vivo (cash).
Vale muito a pena, principalmente se você pretende fazer compras maiores ou em lojas de marcas conhecidas!
Importante lembrar que:
Moeda: Peso Argentino.
O passaporte não é obrigatório, mas o RG precisa ter bom estado de conservação e expedido nos últimos 10 anos, inclusive para crianças.
Leve real, pois a nossa moeda hoje vale mais que a deles e estão recebendo muito bem. Se você for para o interior, esta regra já não serve.
Caso você não tenha tempo e precisa de ajuda para organizar sua viagem, entre em contato conosco. Nós montamos uma viagem personalizada para você. Somos uma agência de viagens que comercializa, além das viagens, elaboramos o roteiro sob medida. Otimizamos o seu tempo e desenhamos a sua viagem com o seu perfil.
