A grande dúvida, quando programei a viagem pela HighWay 1, foi Los Angeles. Alguns clientes tinham falado muito bem, outros tinham odiado, mas resolvi ouvir meus instintos pouco selvagens, que não são ruins, e colocar menos dias de hospedagem, não me privar do carro, que nos acompanhava desde São Francisco e bingo! Foi maravilhoso!
Nas primeiras décadas do século 20, Los Angeles começou a atrair os grandes astros do entretenimento. Era o início da era de ouro do cinema, com ícones como Charlie Chaplin e o surgimento dos lendários estúdios de Hollywood. Bairros como Hollywood, Malibu e Santa Mônica entraram de vez no imaginário popular — e, confesso, continuam vivos no meu até hoje.
Muitos estúdios já não existem mais, mas o charme de Los Angeles permanece intacto. A cidade é maravilhosa! Claro, fomos recebidos por um belo engarrafamento — uma espécie de “boas-vindas” que já dá uma prévia do trânsito caótico que faz parte da rotina local. Nada que não se aprenda com o tempo… ou que não renda boas risadas pelos erros cometidos no caminho.
Dirigir por lá pode parecer um labirinto no início, mas acredite: ele não vai te devorar. E a recompensa é grande para quem se aventura a explorar a cidade por conta própria.
Depois da pandemia, muita coisa mudou. Algumas atrações fecharam as portas, horários foram reduzidos e o comportamento dos viajantes também se transformou. A cidade, no entanto, soube se reinventar. Novos espaços surgiram, experiências ao ar livre ganharam força e o turismo se tornou mais consciente. Planejar bem a viagem se tornou ainda mais essencial — e descobrir essa nova Los Angeles pode ser surpreendente.
Há quem visite a Cidade dos Anjos apenas para dar uma volta pela Calçada da Fama e avistar, de longe, o icônico letreiro de Hollywood. Por isso, é comum ouvir que 2 ou 3 dias são suficientes para conhecer Los Angeles. Nós fizemos tudo em 3 dias, mas, sinceramente, acho que a cidade merece pelo menos um dia a mais. Não visitamos nenhum dos parques temáticos — e eu sei que deixei muita coisa para trás. Los Angeles é cheia de nuances, e explorar com calma faz toda a diferença.
É necessário alugar carro em Los Angeles? Na minha opinião, sim — e com certeza.
A cidade é enorme, com distâncias consideráveis entre as principais atrações, trânsito intenso e um sistema de transporte público que deixa a desejar em muitos pontos. Ter um carro à disposição faz toda a diferença para otimizar o tempo e aproveitar melhor a viagem.
Minha dica é já retirar o carro na chegada, especialmente se você pretende fazer a Highway 1, como eu fiz. Só fique atento: no aeroporto de Los Angeles (LAX), não há locadoras dentro do terminal. Todas ficam em áreas próximas e as melhores empresas oferecem shuttle gratuito do aeroporto até a loja.
Ah, e um detalhe importante: menores de 21 anos não podem alugar carros grandes. Fique de olho nas regras da locadora para evitar surpresas.
A escolha do hotel faz toda a diferença em Los Angeles.
Ficamos hospedados no Hotel Angeleno, uma graça de lugar, super bem localizado, praticamente na beira da estrada — o que facilitou muito nossos deslocamentos pela região. Ao lado dele está o mais sofisticado Luxe Sunset Boulevard, uma excelente opção para quem busca mais conforto.
Mas, se eu puder dar um conselho certeiro: fique em Santa Mônica. É o verdadeiro #must da viagem. Vale lembrar que Santa Mônica é uma cidade à parte, embora faça parte do condado de Los Angeles.
O fim de tarde no Santa Monica Pier é simplesmente perfeito — e nem estou falando só da praia em si. O que conquista mesmo é a vibe leve e animada: pessoas caminhando no calçadão, crianças brincando, ciclistas, artistas de rua, um clima descontraído que mistura o estilo urbano com o ar de balneário. A vida noturna é mais agitada, os restaurantes são ótimos e tudo parece acontecer com naturalidade. É o tipo de lugar que dá vontade de ficar mais.
Dicas de hotéis:
Fairmont Miramar Hotel & Bungalows, Georgian, Loews, Shutters On The Beach, Wyndham Santa Monica At The Pier, Cal Mar Hotel Suites, Comfort Inn Santa Monica Oceana Beach Club e o Shore Hotel. Os "menos caros" em plena orla são os básicos Bayside e Hotel California.
A uma quadra da avenida, o simplíssimo Carmel que cabe em orçamentos mais enxutos; o charmoso Palihouse também costuma ter preços menos assustadores. Uma outra dica bacana para quem está livre de preconceitos, a região conta com uma unidade da Hostelling International (reserve com antecedência).
O bairro mais democrático de todos é West Hollywood. Vizinho de Hollywood e de Beverly Hills é ótima opção para quem procura o meio termo entre a Los Angeles turística de Hollywood e o glamour de Beverly Hills. O pioneiro Château Marmont, o Mondrian, o The Standard, o renovado Andaz West Hollywood, Ramada Plaza by Wyndham e Hotel 850 SVB West Hollywood at Beverly Hills. Hotéis justos e mais simples são o Best Western Plus Sunset Plaza e Ramada Plaza WeHo. Fora do burburinho da Strip e próximos à zona LGBT, o The London West Hollywood e o Le Montrose.
Já imaginou ter uma vida de celebridade? Isso pode acontecer em Beverly Hills. Por lá, indicamos o Elan Hotel, o Beverly Hills - Luxe Rodeo Drive, Beverly Hills Marriott, Hotel Sofitel Los Angeles at Beverly Hills e Carlyle Inn.
Downtowm não costuma ser a primeira opção de quem está viajando para LA, mas pode ser uma boa pedida se você já conhecer a cidade e quiser misturar com os locais. Próximo ao Art District, a Little Tokyo e Chinatown, Downtown costuma ficar bem vazia durante a noite , talvez por isso, ofereça boas opções de preços. Foi revitalizado nos últimos anos e é uma ótima opção para quem vai de carro! No centro da cidade, encontramos o Luxe City Center.
Em North Hollywood, encontramos mais de 20 teatros produtores de apresentações memoráveis fora da Broadway, ao estilo próprio de L.A e é onde está localizado o The Garland.
O QUE FAZER EM LOS ANGELES?
- Você gosta de arte e cultura? Então, uma ótima opção é o Museu The Getty Villa, localizado a pouco mais de 30 km do centro de LA. O museu, assim como o The Getty Center, foram fundados por Jean Paul Getty, um empresário já falecido, que na década de 1960 foi considerado um dos homens mais ricos do mundo.
- Visitar um estúdio de cinema. Há quatro possibilidades abertas para visitas: Os estúdios da Warner, da Paramount (único localizado em Hollywood), da Universal e os Estúdios da Sony Pictures.
- Caminhar pela Calçada da Fama, a Hollywood Boulevard, mas não se impressione com a simplicidade do local. Gente, quem pensa que vai a Hollywood e terá luxo está imensamente enganado. O lugar é pior que a 25 de março. Cheio de lojinhas para vender os produtos “made in China” e o teatro onde acontece o Oscar é uma “mentirinha” muito maquiada pela produção cinematográfica. Se você for avisado, não terá decepção, mas se a intenção é apenas tirar a foto do “Hollywood” a 50km de distancia, sairá frustradíssimo!!
- Chegar perto do letreiro de Hollywood. Ele fica em uma propriedade privada, mas dá pra chegar bem pertinho. Coloque no seu GPS endereço 3000 Canyon Lake Drive. É proibido parar e estacionar em vários pontos da rua, a polícia brota do chão e multa MESMO. Assim, a dica é estacionar no parque de cachorros que fica ali perto.
- Encante-se pelas ruas lindas de Beverly Hills. O estacionamento é pago em quase todos os lugares, mas nas ruas paralelas a Rodeo Drive tem opções de estacionamento grátis por até 2 horas e para os Fãs de cinema, o Hotel Beverly Hills Wilshire, onde foi gravado “Pretty Woman” fica no final da Rodeo Drive, quase de frente para a escadaria com a fonte mais fotografada do bairro. Indico reservar meio dia para se sentir linda e rica.
- Muitos dizem para passear pelos casarões dos artistas, mas eu não vi muita coisa. A maioria tem muros imensos. As ruas mais interessantes são a Roxbury Drive, Carolwood Drive, Bedford Drive e Benedict Canyon Drive.
- Comer no Farmer’s Market, um mercado gastronômico repleto de pequenos restaurantes, lanchonetes e lojinhas.
- Um dos pontos turísticos mais visitados é o Griffith Observatory, localizado no alto do Monte Hollywood, com uma vista incrível de Los Angeles.
- Garantir a diversão nos parques da Disney, Universal e Six Flags.
- Colecionar o pôr do sol em Santa Mônica e visitar o Pacific Park, um parque de diversões instalado no píer.
- Andar pela Sunset Strip, com lojas, bares e clubes.
- Boystown, o trecho LGBT do Santa Monica Boulevard.
- Malibu com seus surfistas e restaurantes debruçados no mar. Não deixe de reservar uma mesa em alguns deles. Chegar e sentar, principalmente aos finais de semana é uma tarefa muito difícil. Indicações: Point Dume ou Zuma Beach.
- Para quem curte andar de bike, existe um tour muito bacana que passar por vários pontos turísticos. Sai de Santa Mônica a Venice Beach. A volta precisa ser no final da tarde para desfrutar o astral do pôr do sol.
- Visitar o shopping a céu aberto na Third Street Promenade.
- Passear por Downtown e passar pelo Civic Center, Artes Districts e Bunker Hill. Não se esqueça que a cidade é tão perigosa quanto qualquer grande centro. Não dê bobeira!
- A melhor forma de visitar o Hollywood Bowl assistir a um show ou concerto. Veja a programação na internet.
- Escapar para um bate e volta puxado a San Diego (220 km ao sul) ou ao outlet Camarillo (80 km ao norte).
DICAS DE RESTAURANTES:
Em Beverly Hills, reduto de celebridades, você certamente reconhecerá alguém no Spago´s ou ainda no MR. CHOW (de grande reputação em New York e agora em Miami) e Pacific SeaFood, ao lado da Tiffany;
The Ivy é um clássico com paparazzi sempre de plantão;
Em West Hollywood encontramos o 25 Degrees e o El Compadre.
Em Santa Mônica, o reduto dos restaurantes, escolhemos 3 opções para compartilhar com vocês: La Vecchia Cucina, com pratos enormes e preço justo. Umami Burger é o local para comer um sanduíche e batatas trufadas. The Independence é o local bacana para um happy hour.
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